O instituto foi criado em 2008 pelo governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Saúde e dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Seu nome é uma homenagem à ex-primeira dama do Estado Lucy Montoro, que prestou inúmeros trabalhos sociais à frente do Fundo Social de Solidariedade do Estado. Lucy Montoro morreu em 2002.
Participaram da solenidade, além de autoridades políticas e vereadores, representantes da Rede Lucy Montoro, como sua diretora, a médica Regina Chueire, e a coordenadora Tatiane Clementino, bem como personalidade da área médica, como o diretor-executivo da Fundação Faculdade de Medicina (Funfarme), Horário José Ramalho, o vice-diretor, José Luiz Esteves, o diretor-financeiro, Róbson de Pádua, além da diretora da Diretoria Regional de Saúde, Cláudia Monteiro, a secretária da Mulher e Pessoa com Deficiência, Camila Seeghers.
Em seu discurso, a diretora do Lucy Montor, Regina Chueire, lembrou os avanços que o instituto trouxe para o tratamento de pessoas com deficiência e vítimas de traumas bem como a qualidade de vida garantida a elas. Regina criticou ainda o que considera falta de atenção do Poder Público com a acessibilidade e atenção à pessoa com deficiência. “Não temos calçadas acessíveis, creches acessíveis. Esperamos que nos próximos cinco anos nossos governantes deem mais atenção ao problema”, afirmou.
Durante a solenidade, pacientes do Lucy Montoro se apresentaram. Caso da bailarina Rosely Freitas, que dançou ao som de Tom Jobim com o professor de dança Guto Rodrigues. Outro paciente que se apresentou foi o músico e violinista José Savério Spozito Júnior, que tocou violino ao lado da professora de piano e canto Soraya Mubarak de Oliveira.
A proposta da Rede Lucy Montoro é gerar condições as pessoas com deficiência de serem incluídos na sociedade a partir do desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades, através de fisioterapias de ponta, cirurgias para a inserção de próteses e acompanhamento psicológico e de reabilitação, focado, inclusive, na população vítima de traumas por acidentes.
Histórico
O instituto foi projetado para ser um centro de excelência em tratamento, ensino e pesquisa em Reabilitação no Brasil. Para tanto, a Rede Lucy Montoro conta com a parceria de importantes instituições, como o Hospital das Clínicas de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP.
O atendimento destina-se, principalmente, a pacientes com lesões medulares, amputados, com sequelas físicas e cognitivas de traumatismo crânio-encefálico, com paralisia cerebral e hemiplegias severas - com disfunção ou interrupção dos movimentos de membros (superiores, inferiores ou ambos), e com severa restrição de mobilidade.
O projeto, que funciona em área anexa ao Hospital de Base de Rio Preto, disponibiliza aos usuários, serviços como piscina aquecida especial para hidroterapia, sauna, laboratórios de função pulmonar, laboratórios de análise do movimento, eletroneuromiografia e potencial evocado, urodinâmica e terapias complementares, equoterapia (oferece as vantagens e benfeitorias da simulação dos movimentos do cavalo nos tratamentos de reabilitação), centro cirúrgico, espaço para condicionamento físico, espaço para atendimento em grupo, serviços de telemedicina (possibilita intercomunicação entre as unidades da rede), centro de implante coclear (tecnologia para pessoas com deficiência auditiva), centro de aplicações especiais (toxinas de reabilitação) e quadra poliesportiva.
Para receber os tratamentos oferecidos pela rede, o paciente passa por uma triagem, cujo parâmetro é a necessidade clínica do paciente. Para ocorrências de internação são priorizados os casos com encaminhamento pela rede SUS do interior do estado de São Paulo, que têm mais dificuldade de acesso aos centros de tratamento.
A rede é composta por unidades fixas nos municípios de São Paulo, Campinas, Marília, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e outros dois municípios no Vale do Paraíba. Na capital de São Paulo encontra-se o Hospital, sede da rede, destinado ao atendimento dos casos mais complexos e passíveis de intervenção cirúrgica, além das unidades dos bairros de Santo Amaro, Vila Mariana, Lapa e Jardim Umarizal.
Em Campinas há um espaço para atendimento integrado com equipamentos, tecnologias avançadas, equipes médicas multidisciplinares com capacidade para 10 mil atendimentos mensais. Em Ribeirão Preto, a unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro conta com dois prédios: um para atendimento infantil e outro para adultos. Araçatuba, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Taubaté, Jaú, Fernandópolis, Botucatu, Presidente Prudente, Marília, Pariquera-Açu, Santos e São Carlos, também fazem parte do projeto da Rede.
Em São José do Rio Preto, a unidade foi inaugurada em 28 de Julho de 2011, iniciando suas atividades em setembro do mesmo ano. E as Unidades Básicas de Saúde da região, por meio dos Departamentos Regionais de Saúde em parceria com o Hospital de Base e Faculdade de Medicina, que fazem o encaminhamento de pacientes que necessitam de reabilitação via sistema Cross - ferramenta que permite a regulação de vagas para o sistema de saúde do Estado de São Paulo.
A unidade Rio Preto é representada pela médica fisiatra Regina Chueire, médica Fisiatra, graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com Mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina (Famerp), chefe do Ambulatório de Bloqueio com Toxina Botulínica das DRS XV e II, e vice-presidente da Sociedade Paulista de Fisiatria.
A família Lucy Montoro de São José do Rio Preto compreende dezenas de profissionais, nas diversas áreas de atuação, quais sejam: fisiatria, fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, enfermeiros, atendentes, RH, administrativos, serviço social, nutrição, enfim, pessoas capacitadas que a tornam esse centro de atendimento referência.
Publicado em: 01/01/0001 00:00:00
Publicado por: Imprensa