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CEI do Transporte ouve infectologista

Especialista que integrou o comitê de gestão da pandemia no município prestou esclarecimentos à comissão especial de inquérito
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A comissão especial de inquérito que investiga o serviço de transporte público durante a pandemia ouviu, na tarde desta quinta-feira (09/12), a médica infectologista Viviane Anheti Prado.

O objetivo da CEI é esclarecer se aglomerações no transporte coletivo de Rio Preto facilitaram a transmissão do coronavírus. Questionada, a infectologista, que integrou o comitê de gestão da pandemia no município, afirmou que, ainda que houvesse aglomeração, seguidos os protocolos de segurança, a chance de contaminação nos ônibus cai consideravelmente.

"Transporte coletivo foi um problema e preocupação no mundo inteiro. Vários estudos foram feitos para determinar o nível de contaminação ocorrida nesses locais. Um dos estudos procurando a possibilidade de contaminação por superfície detectou alto número de vírus em estado inativo, principalmente nos terminais. Inativos, no entanto, não são capazes de infectar", explicou Viviane.

A médica frisou ainda a importância de uso de máscaras cirúrgicas ou pff2 e de álcool em gel, esse, principalmente, no momento em que o usuário sai do transporte coletivo. "No transporte coletivo, geralmente, as pessoas permanecem de máscara. Estudos comprovam que máscaras, ônibus ventilados, viagens curtas e feitas em silêncio garantem mais segurança e baixa transmissão nesses locais", pontuou.

Sobre as determinações para evitar o alto fluxo de pessoas nos ônibus, Viviane acredita que não houve erro por parte da administração pública. "Os ônibus são essenciais e muitas pessoas dependem deles para trabalhar. Foram tomadas algumas medidas para diminuir a circulação nos horários de pico. Tentou-se regrar essa questão, mas houve desrespeito em todos os lugares. O intuito em estabelecer o que era ou não essencial foi restringir a circulação. Era o momento de as pessoas ficarem isoladas para organizarmos o sistema de saúde."

Sobre a nova cepa, a ômicron, e as comemorações de fim de ano, Viviane afirmou que não se sabe ainda qual o impacto na cidade. "A pandemia não acabou, as pessoas precisam ter consciência de que devem continuar a se proteger. As pessoas não podem esquecer do período triste que atravessamos com o número de óbitos alto por dias. Foi tudo muito difícil, graças à vacinação estamos bem, mas é preciso se lembrar da máscara, principalmente."

A CEI que investiga o serviço de transporte coletivo durante a pandemia é formada pelos vereadores Robson Leandro Ricci (Republicamos), na presidência, Francisco Ruel Junior (DEM), como relator, e Julio Donizete (PSD), membro.

As fotos da reunião podem ser consultadas em: https://flic.kr/s/aHsmXeqRdn

 

Comunicação / Câmara Municipal




Publicado em: 09/12/2021 00:00:00

Publicado por: Imprensa