Brasão da cidade de São José do Rio Preto

Em audiência, população defende sessões após às 18 horas

Audiência pública debateu alteração do horário das sessões ordinárias da Câmara, que hoje começam às 15 horas; participantes defendem mudança para após as 18 horas
Visualize fotos

Em audiência pública realizada na noite desta quinta-feira, na Câmara Municipal de São José do Rio Preto, participantes foram unânimes em defender a alteração das sessões ordinárias para depois das 18 horas, horário em que a população poderia acompanhar com mais facilidade o trabalho dos vereadores. Atualmente, as sessões começam às 15 horas, todas as terças-feiras.

Participaram da audiência representantes de entidades da sociedade civil organizada, de clubes de serviços, de sindicatos, de coletivos políticos, militantes partidários e também cidadãos, bem como os vereadores Pedro Roberto (Patriota), João Paulo Rillo (Psol), Renato Pupo (PSDB) e Robson Ricci (Republicanos).

"A Câmara fiscaliza o Executivo. E o povo fiscaliza a Câmara. Além disso, quanto mais o povo assiste e entende o funcionamento, fomenta novos quadros políticos, aumentando a representatividade", disse a militante Fran Falsoni, do coletivo Juntas Rio Preto e que defendeu alteração da sessão para depois das 18 horas. O jornalista Nelson Gonçalves defendeu também sessões após o horário comercial e lembrou que nenhuma câmara municipal da região, ou até do Estado, realiza sessões à tarde.

A representante do Rotary Clube, Izilda Signoreti, também defendeu início das sessões às 19 horas. "Precisamos de um horário em que todas as pessoas possam estar presentes e conhecendo quem faz politicagem. Politicagem descaracteriza o mandato", disse Izilda. O representante da Juventude do PT, Artur Grigolin Ferreira disse que a população passa por um processo de "despolitização. Por isso, o ideal é que as sessões sejam após as 19 horas."

O coordenador da Atem, Fabiano de Jesus, disse que no horário atual os trabalhadores estão em suas jornadas de trabalho. "Por que excluir a participação dos trabalhadores. Nós do sindicato já tivemos dificuldade de acompanhar a votação de projetos pois estavam todos trabalhando. Nesse sentido, precisamos resgatar como era antes, pelo menos às 18 horas."

O representante da OAB, Robson Toledo, também defendeu sessão depois das 18 horas. "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes. Por isso, para o povo acompanhar e se manifestar, é preciso que sessões sejam após o trabalho, de preferência às 19 horas." Mesma linha do representante da Maçonaria, Darci Signoreti. "Entendo que é a Casa do Povo, e o povo deveria participar mais, aliás, deveria estar mais cheio aqui (audiência). Por isso, o horário das 18 horas, 19 horas, seria muito bem vindo, com participação mais efetiva."

Parlamentares

Os vereadores presentes se manifestaram após os cidadãos. Pupo disse que na sessão desta terça-feira, eram 15h30 quando a Câmara debatia projeto que autoriza empréstimo de R$ 300 milhões. "Quem pode acompanhar? Por isso que a gente quer a participação popular. Queremos transparência e que as pessoas venham participar", disse o vereador, que lembrou outra dificuldade. "Temos a Tribuna Livre, em que cidadãos querem dar sua opinião sobre temas da cidade. Mas muitos não podem participar por causa do horário."

Ricci afirmou que fez levantamento e que a maioria das cidades com mais de 100 mil habitantes no Estado de São Paulo realiza sessões após as 18 horas. Rillo elogiou a colocação e os argumentos dos participantes e disse que o projeto alterando o horário deve ser assinado coletivamente pelos vereadores. "Precisamos ainda criar mecanismos de adesão das entidades e lideranças que estão aqui. Criar um movimento para conseguir a alteração do horário."

O presidente da Câmara, Pedro Roberto, considerou a audiência importante para aprimorar o debate.  "Nível de participação importante. Vamos buscar as entidades interessadas. Aqui debatemos a cidade, temas relevantes, como PPA, LDO, o empréstimo de R$ 300 milhões. A Casa tem vida à medida que a população participa e interage. Agente público não pode ter medo da população", concluiu.

Regra atual

Atualmente, as sessões ordinárias são realizadas sempre às terças-feiras, a partir das 15 horas, com transmissão ao vivo pela TV Câmara, site da Câmara, redes sociais do Legislativo (Facebook e YouTube), além da rádio Educativa 106,7 FM. Para alterar a regra atual, são necessários os votos favoráveis de ao menos 9 dos 17 vereadores.

Comunicação/Câmara Municipal




Publicado em: 09/09/2021 00:00:00

Publicado por: Imprensa