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Ambulantes do Shopping Azul pedem ajuda a vereadores

Permissionários, que foram afetados por incêndio na rodoviária e pela pandemia de Covid-19, não estão conseguindo arcar com taxas de funcionamento e temem perder boxes
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Um grupo de permissionários do Shopping Azul de São José do Rio Preto se reuniu com vereadores na tarde desta quinta-feira, no auditório da Câmara Municipal, para expor a situação de dificuldade que estão enfrentando e pedir ajuda dos parlamentares na interlocução com o governo municipal. Os ambulantes, que foram atingidos pelo incêndio no piso superior da rodoviária, quando perderam todas as mercadorias, e enfrentaram as dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, dizem que não estão conseguindo arcar com os compromissos junto à Prefeitura, como o pagamento de taxa de funcionamento no valor de R$ 124 por mês.

Além do pagamento da taxa mensal, os ambulantes dizem que ficaram cinco meses sem poder trabalhar até a Prefeitura definir da Praça Cívica como novo local de funcionamento do Shopping Azul. E que, dois meses antes do início das atividades, a Prefeitura começou a cobrar a taxa. "O movimento está super devagar por causa da pandemia. E começamos a trabalhar já devendo dois meses de taxa. Trabalhamos dois meses e devemos quatro meses. A Prefeitura deu isenção para os comerciantes da Bady Bassitt atingidos pela enchente. Nossa situação não é diferente, poderiam fazer e mesmo com a gente", disse um dos representantes dos ambulantes, Lucídio Pereira de Lima.

Outro representante da categoria, Veronildo Jorge da Silva, afirmou que se um ambulante atrasar seis meses o pagamento da taxa tem seu box lacrado. "Estão juntando tudo, dívidas antigas. E o secretário (de Desenvolvimento Econômico) não quer nem saber, manda lacrar. Estamos sofrendo. Peço aos vereadores que ajudem esse povo", disse Veronildo.

Estavam presentes à reunião com os ambulantes o presidente da Câmara, Pedro Roberto (Patriota), e os vereadores João Paulo Rillo (Psol) e Jean Charles Serbeto (MDB). "Realmente não dá para pensar em ser cobrado antes de estar trabalhando, todos passaram por momentos difíceis e acho que é possível fazer algo parecido com o que foi feito na Bady (isenção). O que aconteceu com vocês foi muito pior. Vamos dialogar com o Executivo", disse Pedro, que se comprometeu em agendar reunião com o governo para debater quais medidas poderiam ser adotadas para ajudar os permissionários.

Rillo afirmou a Câmara deve agir rapidamente e pedir reunião com o governo, reunindo as secretarias envolvidas, como Desenvolvimento Econômico e Fazenda. "Vamos juntos buscar o que pode ser feito. Óbvio que tem um apelo forte, um incêndio num espaço público que até hoje não se sabe a causa. A Prefeitura tem sua parcela de responsabilidade."

Já o vereador Jean Charles disse que recebeu demanda parecida de comerciantes e que já encaminhou solicitação ao Executivo no sentido de reparcelar saldo remanescente de antigos parcelamentos do PPI. "Tem gente que parcelou dívidas em 100 vezes, pagou 70 e chegou a pandemia. Precisamos avaliar a possibilidade de reparcelar esse saldo para diminuir a parcela para dar fôlego. O governo já está estudando, seja para apresentar um projeto seja para suspender prazo."

Comunicação/Câmara Municipal




Publicado em: 02/09/2021 00:00:00

Publicado por: Imprensa