A Comissão Especial de Inquérito que investiga supostas irregularidades nos contratos de prestação de serviços entre empresas particulares e a Prefeitura de São José do Rio Preto realizou nova rodada de oitivas na tarde desta sexta-feira (20/08).

Nessa oitava rodada de declarações, foram ouvidos pelos vereadores membros da CPI o advogado Ailton Cesar Favaretto e o sócio e administrador da empresa terceirizada Inova, Ailton de Souza.

No primeiro depoimento, do advogado Ailton, da Favaretto Advocacia, o presidente da CPI, o vereador João Paulo Rillo (Psol), questionou sobre denúncia de terceirizados que afirmaram terem sido chamados para reunião com o advogado. Segundo a denúncia, o escritório estaria intermediando a assinatura do aviso prévio e fazendo com que os trabalhadores abrissem mão de direitos trabalhistas. A oitiva foi tensa e por duas vezes o vereador João Paulo suspendeu o trabalho da CPI alegando que a testemunha não estava contribuindo para os trabalhos parlamentares. Por fim o advogado alegou razões de segredo e de princípios éticos para não responder diretamente sobre a denúncia.

O segundo depoimento, do responsável pela Inova, o empresário Ailton de Souza, também se aprofundou na denúncia. Ele foi questionado sobre essa possível renúncia aos direitos trabalhistas, na qual os trabalhadores estariam abrindo mão do pagamento de aviso prévio e, assim, isentando a Inova do pagamento de multa do FGTS, além de não terem direito ao seguro desemprego. A denúncia revelava ainda que a Secretaria de Serviços Gerais cedeu um ônibus para levar os trabalhadores até o escritório de advocacia para assinar o termo de demissão.

O empresário negou esta prática e disse que iria apresentar em uma semana documentos pedidos pela CPI.

A Comissão Especial de Inquérito das Terceirizadas é composta pelo vereador João Paulo Rillo (Psol), pelos membros Anderson Branco (PL) e Rossini Diniz (PL) e pelo suplente Pedro Roberto (Patriota).

Coordenadoria de Comunicação

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