Audiência debate mobilidade urbana na Câmara

Audiência contou com a participação de vereadores, secretário de Trânsito, especialista e representantes da população; demora nas linhas e falta de integração foram principais reclamações dos munícipes


17 de fevereiro de 2022 - Categoria: Notícias da Câmara


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A Câmara Municipal de São José do Rio Preto realizou na tarde desta quinta-feira (17) audiência pública para debater a mobilidade urbana na cidade. Participaram os vereadores Pedro Roberto (Patriota), presidente da Câmara, João Paulo Rillo (Psol) e Odélio Chaves (Progressistas); o secretário de Trânsito, Amaury Hernandes, a arquiteta e urbanista Delcimar Teodozio, o representante da Comissão de Direito Administrativo da OAB, João Paulo Lefunds, o coordenador de mobilidade urbana do Idec, Rafael Calábria, além de representantes dos moradores dos bairros Santo Antônio, Nova Esperança, Solo Sagrado, Vila Esplanada, Estância São Felício e Estância São Pedro.

Ao abrir a audiência, o presidente da Câmara disse que "conforma cidade cresce, os problemas crescem", e citou como um dos focos dos debates o projeto aprovado pela Câmara que autoriza o estacionamento de veículos nos corredores de ônibus fora do horário de pico. Rillo disse que esse projeto, caso sancionado pelo Executivo, seria um "retrocesso na política de mobilidade" e que, "em nome de uma falsa solução para o comércio, vão destruir o projeto de mobilidade".

A arquiteta Delcimar Teodozio disse que priorizar o uso de automóveis não é a solução, e que o Poder Público precisa garantir "equidade no acesso ao transporte", principalmente o coletivo e o não motorizado, como bicicletas. "Precisamos pensar na eficiência, eficácia e efetividade do uso do transporte coletivo. Quanto melhor o serviço, mais demanda gera." Delcimar disse ainda que o "transporte público por ônibus é o mais eficiente para descongestionar a cidade", além de gerar "economia de recursos, causar menos acidentes, menor emissão de poluentes e menor tempo de viagem".

"Gera um impacto positivo para toda a cidade". A urbanista lembrou que Rio Preto tem uma das maiores frotas do País, com média de 86 carros para cada 100 habitantes, além do movimento gerado pela população flutuante. Sobre o projeto que autoriza o estacionamento, para atender o comércio, ela disse que "não é o automóvel que vai trazer público, mas sim boas calçadas, boa arborização", e que, ao caminhar, as pessoas podem ser motivadas a consumir em lojas pelo caminho.

O representante do Idec afirmou que é preciso "mudar a lógica das cidades." "Discurso de desafogar trânsito é sempre um equívoco se priorizar o automóvel. Precisamos investir em ciclovias, faixas de ônibus e outros modais. Claro que sempre gera reclamação por falta de espaço, de estacionamento, mas precisamos rever essa cultura."

Já entre os representantes dos moradores dos bairros, a principal reclamação em relação à mobilidade foram demora entre linhas nos bairros mais afastados, dificuldade de integração além de uma centralização do transporte coletivo para o terminal urbano.

Na sua fala, o secretário Amaury Hernandes ressaltou que o projeto dos corredores de ônibus foi herdado da administração anterior, mas admitiu que eles serviram para melhorar o serviço, agilizando as viagens. Sobre o projeto de estacionamento nos corredores, diz que ele é "autorizativo" e que está sendo analisado caso a caso. "Temos 42 quilômetros de corredores e cada bairro tem sua especificidade. Vamos analisar caso a caso para beneficiar todos os usuários do sistema viário."

Melhorias previstas

O secretário falou ainda do projeto encomendado à Fipai de São Carlos para analisar melhorias no sistema de transporte coletivo. "Estudo está em fase final. Vou receber e fazer análise". Hernandes adiantou que algumas algumas propostas deve ser adotadas, como linhas exclusivas para pontos de alta demanda. Ele citou locais como UPA Jaguaré, UPA Norte, Hospital de Base entre outros.

Sobre as reclamações de falta de integração, ele disse que é porque "muita gente não usa o cartão. Há locais que não há demanda (para linha direta), mas é possível fazer integração. Mas é preciso usar o cartão." Ele ainda disse que está analisando junto às empresas a possibilidade de permitir a integração para viagens origem-origem, ou seja, ir e voltar com o mesmo passe.

Por fim, Hernandes disse reconhecer problemas pontuais no sistema, mas que "transporte público e mobilidade não se resolve do dia para a noite", e que "menos de 10% da população de Rio Preto usa o transporte público diariamente". Ele disse que atualmente são registrados 80 mil passageiros. "Como normalmente são duas viagens, ida e volta, são 40 mil pessoas, menos de 10% da população. Vamos buscar melhorar para trazer de volta usuários que migraram para outros modelos."

Arcabouço de concreto

Já o vereador Odélio Chaves afirmou que concorda com todos os apontamentos dos especialistas, mas lembrou que Rio Preto foi construída sem planejamento para o transporte público e está hoje dentro de um "arcabouço de construções" que impedem ampliações ou melhorias. "Desapropriações para ampliações demandam custos que o erário não possui. Não vejo a curto prazo mobilidade inclusiva sem fazer ajustes com o que temos de concreto, que é pouco espaço nas vias."

Comunicação/Câmara Municipal


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Publicado em: 17 de fevereiro de 2022

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