A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura denúncias envolvendo empresas que prestam serviços para a Prefeitura de Rio Preto realizou duas oitivas na manhã desta quarta-feira, dia 17 de novembro. Os vereadores que compõem a CEI das Terceirizadas se dedicaram a investigar um caso de serviço de reparo asfáltico. De acordo com a CEI, embora uma equipe tenha sido deslocada para realizar reparos em área pública, o local estava ocupado por empresa privada, inclusive com portão instalado pela firma.

A CEI é presidida por João Paulo Rillo (Psol) e tem como relator o vereador Rossini Diniz (PL). Participam do grupo também Anderson Branco (PL), como membro, e o presidente da Câmara, Pedro Roberto (Patriota) como suplente. Os integrantes da comissão fizeram questionamentos a Gustavo Valdecir Polizelli, representante legal da empresa Kelly Hidrometalúrgica Ltda. De acordo com ele, o estabelecimento está em Rio Preto desde 1979. No atual endereço e com o portão, desde 1981. Ele informou que o serviço de reparo no asfalto em área próxima à empresa foi solicitado de forma informal, por um profissional da hidrometalúrgica. Polizelli disse também que a empresa já ia retirar o portão da área, porque seria realizada uma pintura no chão e porque o item não se mostrava mais necessário. Ainda de acordo com ele, a retirada foi feita antes mesmo de qualquer notificação feita pela Prefeitura.

Contudo, Arno Della Libera Jr, assessor da Secretaria de Serviços Gerais, também ouvido nesta quarta-feira pela CEI, informou que a solicitação de tapa-buraco no local foi formalizada, por meio de pedido encaminhado à Secretaria. Ainda de acordo com o assessor, no dia da realização do serviço, o profissional encarregado ligou para Arno informando sobre a existência do portão em área pública. Arno disse ter solicitado a interrupção do serviço até a chegada dele ao local. O assessor afirmou ainda que a hidrometalúrgica foi informada sobre a irregularidade do portão e notificada para a retirada. Só depois de regularizada a situação, foi dada sequência ao serviço. “Eles (os trabalhadores) tinham iniciado a limpeza. O serviço (de tapa-buraco) só foi retomado depois da retirada do portão.”

A comissão solicitou que Arno Della Libera Jr disponibilize os documentos que comprovem o pedido do serviço e a notificação feita à empresa. O presidente da CEI, vereador João Paulo Rillo, espera que os documentos possam esclarecer as contradições entre os depoimentos. “Nós vamos receber essa documentação que eles dizem que tem e aprofundar a investigação. Não vou concluir nada antes do fechamento da CPI, mas, para mim, foi um trabalho não republicano, feito de maneira paralela, sem organização, sem planejamento e para privilegiar uma empresa.”

Comunicação / Câmara Municipal

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