A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades no transporte coletivo de Rio Preto, como superlotação em tempos de pandemia, realizou a primeira reunião nesta sexta-feira (23) e anunciou as primeiras ações de trabalho, como diligências em repartições públicas e empresas para colheita de provas documentais bem como mídias digitais.

Presidida pelo vereador Robson Ricci (Republicanos), a CEI do Transporte vai requisitar ainda o contrato de concessão do serviço de transporte firmado entre a Prefeitura e as duas empresas: Itamarati e Circular Santa Luzia, além de imagens das câmeras instaladas nos ônibus "Não descartamos também a contratação de técnicos para nos auxiliar nesse trabalho extenso", afirmou Ricci, que tem como relator na CEI Francisco Júnior (DEM), membro Júlio Donizete (PSD) e suplente Cláudia de Giuli (MDB).

Os vereadores anunciaram também que, na próxima semana, voltam a se reunir para decidir as primeiras oitivas. "Queremos apurar se houve ou não aglomeração no período de pandemia. E se houve, o transporte transmite Covid? Os decretos foram feitos com base na ciência? Se sim, porque foram alterados? A pedido de quem?", afirmou Ricci, sobre as principais dúvidas da CEI. "Esses esclarecimentos vão ao encontro de muitas dúvidas para analisarmos responsabilidade, seja do prefeito, de secretários, de servidores, de empresários e até de funcionários das empresas", completou Ricci.

O relator Francisco Júnior anunciou que, na reunião da próxima semana, independentemente do recebimento dos documentos que serão solicitados, devem começar as oitivas. "Vamos pedir os documentos e começar as oitivas a partir na próxima semana". Júlio Donizete disse nessa primeira reunião que "objetivo não é prejudicar ninguém (com a investigação). Só apurar fatos. As pessoas cobraram esse estudo". A CEI do Transporte tem até o dia 14 de fevereiro para apresentação do relatório final. Além de irregularidades, a CEI vai acompanhar o processo de renovação do contrato, que vence em novembro.

CEI das Terceirizadas

O presidente da CEI que investiga empresas terceirizadas no município, Elso Drigo Filho (Psol), marcou para segunda-feira, às 15 horas, o depoimento do secretário de Administração, Adilson Vedroni, para explicar processos e procedimentos na contratação dessas empresas, bem como eventuais prejuízos causados aos cofres públicos pelo não pagamento de dívidas trabalhistas a funcionários. Neste caso, a Prefeitura responde solidariamente as ações trabalhistas. A CEI também quer saber das condições de trabalho impostas a funcionários bem como o motivo de tantas terceirizações em detrimento da realização de concurso público.

Coordenadoria de Comunicação

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