Em audiência pública, engenheiros Luís Carlos Calças e Pedro Zacarin defenderam eficácia das obras antienchente e garantiram que elas terão capacidade de acabar com os alagamentos em Rio Preto quando estiveram 100% concluídas
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A reunião foi chamada pela presidente da comissão, vereadora Karina Caroline (PRB), depois dos alagamentos registrados na última segunda-feira (2/11), o que levantou questionamentos a respeito do funcionamento e eficácia das obras, que já consumiram R$ 75,6 milhões, de um total de R$ 140 milhões.
Os engenheiros esclareceram que, apesar de em alguns pontos as obras estarem com mais de 80% de execução, no conjunto elas ainda não operam com nem 55% de sua capacidade total. Isso em decorrência de alguns piscinões que ainda não estão interligados com os canais de escoamento.
"Não temos nenhuma dúvida de que vai solucionar o problema das enchentes. O comportamento (nachuva) mostrou que o sistema está em bom funcionamento", afirmou Calças, que disse ser essa "uma obra séria, de responsabilidade".
Projetista responsável pelo projeto de micro e macrodrenagem, Zacarin lembrou do problema crônico de enchente nas bacias do Borá, Canela e rio Preto, e disse que grande parte dos alagamentos registrados é por falta de sistemas de microdrenagem (bocas de lobo) em todos os bairros construídos à jusante da rodovia Washington Luís. "Foram construídos sem nenhuma galeria de água pluvial. E sabemos que o grande segredo é captar água."
Questionado pelo vereador Marco Rillo (PT) se o correto não seria "abrir caminho para as água", em vez de "construir piscinões", Zacarin disse que não. "A filosofia moderna da engenharia hidráulica, no mundo todo, é segurar água, e não soltar." O projetista voltou a dizer que, apesar de "muitas coisas estarem prontas", o sistema como um todo "não está em funcionamento." "Mesmo assim, os estragos foram menores do que a chuva de 2010", disse ele, se referindo ao temporal que destruiu as avenidas Bady Bassitt e Alberto Andaló.
Em 2010, assim como no último dia 2 de novembro, foram registradas em Rio Preto as chamadas "chuvas centenárias", como são chamadas precipitações de grande intensidade. Nas duas ocasiões, foram registrados quase 100 milímetros de água em menos de uma hora, o equivalente a 100 litros por metro quadrado.
O secretário de Obras descartou ainda qualquer falha de projeto ou execução na obra, disse que a recente chuva causou apenas alguns estragos, como erosões, e que não haverá atrasos no cronograma. Garantiu que as obras serão entregues até abril de 2016 se não houver fatores externos, como interrupção no repasse de recursos federais.
Sobre questionamentos feitos pelo vereador Renato Pupo (PSD) a respeito dos investimentos milionários, Calças disse que não há desperdício ou malversação de verbas. "São R$ 75 milhões que foram muito bem investidos."
Além de vereadores, participaram da audiência engenheiros e representantes da sociedade civil organizada, como Pedro Rodrigues, diretor da Acirp, que cobrou melhorias no trânsito da Bady Bassitt, o que está prejudicando comerciantes. "A Acirp pede melhorias, principalmente neste momento de queda brusca no faturamento."
Os vereadores Fábio Marcondes (PR), Carlão dos Santos (SD), Jean Charles (PMDB), Dourival Lemes (PSD) e Eduardo Piacenti (PPS) também participam do encontro, realizado no auditório do terceiro andar da Câmara
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