Reunião realizada na Câmara discutiu reorganização da rede de assistência oncológica
20 de dezembro de 2017 - Categoria: Notícias da Câmara
Vereadores e representantes de hospitais de Rio Preto e região participaram, na manhã desta quarta-feira (20/12), de reunião que debateu o acesso de pacientes com câncer ao tratamento da doença. O evento foi realizado no auditório da Câmara de São José do Rio Preto. De iniciativa da vereadora Cláudia De Giuli (PMB), a reunião contou com a presença dos vereadores Renato Pupo (PSD), presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa, e Pedro Roberto (PRP). Estiveram presentes também Cláudia Monteiro, Diretora Regional de Saúde DRS-15; André Baitello, assessor especial da Secretaria de Saúde; Jorge Fares, diretor executivo da Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina) e Valdir Furlan, administrador da Santa Casa.
A reunião foi convocada depois que munícipes relataram, em novembro, que os pacientes oncológicos de Rio Preto estão com dificuldade de serem atendidos no Hospital de Base, e que a instituição estaria voltada a atender apenas pacientes oncológicos de cidades da região.
Cláudia Monteiro, da DRS-15, explicou que houve uma reorganização na rede de assistência oncológica e que a regulação do sistema foi aplicada no início de novembro. A rede é organizada por serviços, de acordo com a capacidade de cada instituição de saúde. Dessa forma, o tratamento de pacientes oncológicos de Rio Preto é feito atualmente na Santa Casa. Para o HB vão os casos mais complexos. “O HB é sim referência de oncologia para munícipes de Rio Preto, mas dentro do que está pactuado e dentro do que a Santa Casa não tem condições de atender”, explica Cláudia. E complementa: “Antes de chegar ao HB temos outros serviços de saúde. O HB tem que ser referência para casos de maior complexidade. Posso garantir que na nossa região não temos deficiência para o acesso à oncologia.” Ela explica que a decisão é uma forma de organizar a distribuição no atendimento de aproximadamente 1,5 milhão de pessoas em toda a área da DRS. “Não há falta de serviço. É a organização do fluxo e acesso.”
Um outro ponto exposto por Cláudia Monteiro para o fato de o HB priorizar o atendimento a pacientes com câncer de cidades da região, é o fato de aproximadamente 75% dos municípios da DRS-15 serem cidades pequenas, que contam apenas com uma unidade básica de saúde. Dessa forma, a indicação para o HB é forma de garantir o acesso deles ao tratamento. Ainda de acordo com a DRS-15, a rede veio para organizar o acesso ao tratamento nos novos casos de câncer. “Não estamos falando em casos já em tratamento.”
Contudo, os representantes do Hospital de Base não concordam com a forma de distribuição aplicada. Segundo Jorge Fares, o HB quer e tem condições de atender os pacientes oncológicos de Rio Preto. Ele destaca especialmente o caso de pacientes que já estão sendo tratados por outras patologias no hospital e que acabam lá sendo diagnosticados com câncer. “O paciente já criou um vínculo com o médico, como enviá-lo à Santa Casa? Ele não quer.”
O médico Fábio Leite, chefe do setor de oncologia do HB, expressou opinião semelhante. “O HB quer aumentar o número de pacientes oncológicos porque tem capacidade, tem leito.” Ele destacou que, assim como a Santa Casa, o HB também é um hospital de excelência no tratamento do câncer.
Os representantes da DRS-15 esclareceram que o sistema de regulação da rede oncológica foi definido após discussão com gestores dos municípios e conselhos municipais de saúde. Portanto, modificá-lo não passa apenas por uma decisão da DRS. Por isso, ficou definido que as sugestões apresentadas na reunião realizada na Câmara serão levadas a um grupo condutor regional da rede de oncologia. Na ocasião, o município de Rio Preto também deverá se posicionar sobre como e onde deseja que o atendimento seja feito na cidade. “Sobre o HB atender Rio Preto, isso precisa ser discutido e precisa também de transferência de recurso. Isso não é uma discussão que vai se resolver aqui, mas não impede de reorganizarmos o fluxo.”
André Baitello, assessor especial da Secretaria de Saúde de Rio Preto, disse que é preciso ajustes no sistema de regulação. “A regulação tem de melhorar, ter um olhar mais humanizado, mais adequado à necessidade do paciente.” Ele aproveitou ainda para esclarecer que o Hospital de Base segue atendendo pacientes rio-pretenses em outros casos. “O HB dá acesso a Rio Preto nas urgências e acaba atendendo urgências oncológicas.”
Ao fim do encontro, o vereador Pedro Roberto sugeriu uma nova reunião na Câmara, com os mesmos participantes, dentro de um prazo aproximado de 60 dias. “Para que a gente volte a avaliar os resultados práticos disso.”
A vereadora Cláudia de Giuli avaliou positivamente a reunião e encerrou o encontro falando da importância do trabalho do Legislativo em prol da população local. “Sei que há burocracia, dificuldades, mas temos que lutar pela população da nossa cidade.”
Comunicação / Câmara Municipal
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Publicado em: 20 de dezembro de 2017
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