Em depoimento à CPI que investiga falhas na prestação do serviço de energia elétrica, diretor de operações da companhia, Thiago Freire Gutti, culpou os reflexos climáticos do "segundo El Niño mais forte dos últimos 66 anos" pelos apagões registrados entre os meses de setembro e dezembro
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O executivo citou o temporal de 8 de setembro, "que varreu todo o Estado de São Paulo e colocou todas as empresas de energia elétrica em regime de contingência." "Uma situação que se repetiu ao longo dos meses de outubro, novembro e dezembro", disse ele, que mostrou cópias de reportagens da imprensa retratando os estragos causados pelas chuvas e ventanias.
Além dos ventos e raios que causam danos à rede elétrica, Guth citou os casos de quedas de árvores sobre a fiação como uma das principais causas dos apagões. "A arborização tem relação direta com a falta de energia. Os temporais têm ficado cada vez mais fortes. É um desafio que temos de enfrentar", afirmou.
O diretor da CPFL apresentou série de números envolvendo interrupções de energia no Estado para tentar isentar a companhia de culpa exclusiva nos episódios que motivaram a abertura da CPI na Câmara. "O índice de duração do tempo de interrupção geral no Estado subiu 51%, com a CPFL não foi diferente, mas registramos crescimento de apenas 12%."
Mais reclamação
Outro dado apresentado pelo executivo a pedido dos integrantes da CPI foi aumento no número de compensações a consumidores por conta das quedas de energia. Em 2014, foram registrados 96 mil consumidores compensados com abatimento em contas. Já em 2015, foram 143,8 mil consumidores, elevando o total das compensações de R$ 206 mil para R$ 537,2 mil.
O número de clientes indenizados por danos elétricos a aparelhos também cresceu consideravelmente, inclusive o número de reclamações aceitas pela companhia. Em 2014, foram 1.487 reclamações com índice de procedência na casa dos 23%. Já em 2015 foram 2.173 reclamações, com índice de procedência de 34%, o que motivou indenizações em torno dos R$ 200 mil.
Por fim, o representante da CPFL disse que a empresa investiu R$ 35 milhões nos últimos cinco anos em Rio Preto na modernização e melhoria do sistema elétrico, sendo R$ 6,7 milhões em 2015. As explicações, porém, não convenceram os integrantes da CPI, que não pouparam a CPFL de duras críticas.
Fábio Marcondes (PR), Paulo Pauléra (PP), Marco Rillo (PT) e Alessandra Trigo (PSDB) acusaram a CPFL de descaso com Rio Preto, com falta de mão de obra suficiente, fragilidade no atendimento aos problemas e até desprezo em relação aos consumidores. "Não estão nem aí para Rio Preto", resumiu Rillo.
Plano de metas
Diante das falhas apontadas, Marcondes, que preside a CPI, deu uma semana de prazo para que os representantes da companhia energética apresentem um plano de metas para solucionar os principais problemas, como constantes quedas de energia e excesso de lâmpadas queimadas. "Paralelamente a isso, vamos nos reunir para elaborar um plano impositivo à CPFL", afirmou o vereador do PR.
O diretor de operações concordou com a medida e disse que a empresa vai trabalhar para melhor a percepção dos consumidores a respeito do serviço prestado pela CPFL, que tem na região de Rio Preto, onde está há 103 anos, quase 10% dos seu total de clientes, sendo o terceiro maior crescimento entre todos os seus clientes.
"Não é um trabalho de curtíssimo prazo, mas estamos com esse compromisso (de melhorar serviço). Vamos nos reunir e mostrar o que podemos fazer por Rio Preto", disse Guth.
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